Barreiras do amor
Por: Rildson Gusmão.
Uma palavra forte com um único significado. Por vezes, com vários, por que não? O amor que já foi vivido, já foi sentido, imaginado. O amor que já foi cantado, foi parafraseado, poetizado. O amor que aproxima, que distancia, que atrai e que repele. Ahh o amor, que causa risos involuntários, arrepios na alma, que faz sentir saudades de quem está perto ou aproxima quem está longe. Como é infinito esse sentimento que pode ser efêmero.
Como não falar da pluralidade do amor, ou melhor, dos amores. O amor fraterno, involuntário, o amor verdadeiro, com compaixão. O amor deve ser escrito, falado, sentido, mas só será completo quando for vivido. O amor não causa dor, a falta dele sim. A falta de coragem de expressar o que se sente por medo, por vergonha, timidez, por um motivo qualquer. O coração padece aquilo que o cérebro processa.
A dor do amor que sempre se revela e se faz presente. É como se não pudessem viver separadas, o amor e a dor. Uma não vive sem a outra. A nossa luta é para que sempre o amor prevaleça. Mas como não sentir dor, dor de amor, quando o que queremos está tão perto, por vezes ao lado, e ainda assim não se revela, quando se ama sozinho. Quantos amores estão aí, perdidos, presos, ou solto no ar, apesar de ter um só dono. Como se faz para revelar, compartilhar, dividir aquilo que se pode multiplicar. Há amores singulares e que por motivos alheios nunca serão divididos. Será esse amor incompleto? Não há resposta para o amor e suas milhares de formas e vertentes.
O amor tem gosto, tem cheiro, tem sabor. Tem vertentes que são particulares, que só quem ama pode sentir. O amor tem cor, tem detalhe, tem formas que para tantos são imperceptíveis, mas para quem sente é o mais perfeito de todos.
Que bom seria se não existisse barreiras, que fosse incolor, assim como a água, mas jamais invisível. Que bom seria se todos pudessem ver, sentir e viver cada um deles sem se preocupar com nada. Que bom seria se todos fossem correspondidos e assim alcançasse seu ápice, seu apogeu. Que bom seria...
Enquanto isso seguimos com nossos amores, sejam eles correspondidos ou não, vividos ou não, divididos ou não, ou mesmo no momento de dor, mas na certeza que vale muito senti-lo, por um instante ou por uma vida inteira, nos fazendo rir e sentir-se bem.
Em suma, fale, mesmo que ninguém ouça: EU TE AMO.
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