domingo, 1 de fevereiro de 2015

Comércio versus Medicina


Enquanto a classe médica está preocupada com os altos índices de pessoas que se automedicam, mostrado através de pesquisas, o outro lado da ponta, busca alavancar suas vendas agregando valores e produtos. A indústria farmacêutica e as drogarias em geral, assim como todo comércio, visam principalmente o lucro.

É fato público e notório que cada país tem sua cultura e seus hábitos em relação a tudo. A forma de adquirir remédios e drogas para curar nossos males não é tão diferente da americana, da qual herdamos e copiados infinitas vezes até criar nosso próprio jeito.

Será que algum brasileiro ficaria surpreso de entrar numa farmácia americana para comer? Comprar maquiagem? Produtos de limpeza ou até ração para cachorro? Talvez não. O mundo farmacêutico brasileiro se transformou e se moldou ao longo dos anos que se tornou prática entrar numa farmácia com uma cesta, idêntica a de supermercado, e sair de prateleira em prateleira enchendo de remédios e produtos diversos de forma simples e natural. O fato é que para alguns remédios e medicamentos de uso prolongado, esse fator pode ser mais prejudicial do que possamos imaginar.

A preocupação da classe médica não é atoa e tem suas razões comprovadas. O uso indiscriminado de medicamentos pode inclusive levar a morte.

Para tanto, vale ressaltar que muito já foi feito e essa realidade vem mudando gradativamente. Leis foram criadas e hoje não podemos simplesmente pegar na prateleira o que nossa consciência manda. 

Medicamentos de tarja vermelha ou preta, só são vendidos mediante receita médica.
Estamos seguindo no caminho certo e aos poucos estamos mudando novamente nossos costumes, para nosso próprio bem. Mudar um hábito é difícil e requer tempo. Entretanto, vem sendo feito de bom grado e com o aval da maioria, que entendeu de fato que a automedicação é prejudicial a saúde e pode causar efeitos colaterais irreversíveis.


Em suma, não precisamos ser o extremo, como os americanos, mas também não podemos ser extremistas, como alguns médicos defendem. Afinal, nosso sistema de saúde, que já é bem precário e deficiente, não suportaria tantas consultas a cada vez que uma pessoa tivesse uma simples dor de cabeça, e tivesse que consultar um médico para poder comprar um paracetamol.     

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