sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Vamos chiar ?

Algumas mazelas infelizmente ao invés de se dizimar da sociedade, procriam na mesma velocidade que as informações se propagam nas redes sociais.

Comecei a observar o que chamo de chiado. Isso mesmo, ato ou efeito de chiar, reclamar, indignar, que muitas e, por que não, a maioria das pessoas tem. Como se multiplicou com a ascensão das redes sociais. Não precisa ir longe, aliás, não precisa nem se mover. Use um tablet, notebook ou ainda melhor, seu smartphone para observar o que estou falando. Basta passar o mouse na barra de rolagem que dentro de segundos encontrará alguém publicando no próprio mural, de forma às vezes bem fervorosa, algum problema encontrado, seja no seu bairro, cidade ou país.

Os problemas são diversos, afinal, nosso país está longe, muito longe, de ser um país de primeiro mundo. Seja na área de educação, com escolas mal conservadas, na saúde com a super lotação de hospitais, etc. Como não chiar com a corrupção que assola nossa sociedade e como uma metástase parece que não tem mais cura. O desrespeito as leis de trânsito que são alvo recorrente das chiadeiras nas timelines da vida. O fato é que não dá pra listar os infinitos tipos de chiados encontrados nas diversas redes sociais.

Sendo assim, como vivemos num país democrático de direito, livre e com um bem muito precioso, que devemos cuidar para tê-lo sempre, a chamada liberdade de expressão, é livre o chiado e as centenas de milhares de reclamações vista. Tem até seu lado positivo, pois mostra a indignação de cada um com um fato concreto, ou de forma macro mesmo, com problemas maiores e crônicos da sociedade.

Entretanto, o que não quer calar e que me deixa intrigado é: de quem você está reclamando? e continuando: pra quem você está reclamando? pra mim? autoridades?

As autoridades e o setor público do nosso país tem sua parcela de responsabilidade. Não devemos tirar deles o dever e a responsabilidade que lhes foi dada. Porém, nós que somos parte integrante da sociedade, devemos no mínimo, fazer a nossa parte.

Quando vejo o alto número de acidentes de trânsito, me pergunto: estamos fazendo nossa parte? Será que você respeita as placas de trânsito, para na faixa para o pedestre passar, respeita a fila de engarrafamento, os limites de velocidade, etc.. Será que você está fazendo sua parte, ou apenas reclamando dos outros?
Quando vejo a corrupção por parte de alguns políticos, será que estamos votando certo, escolhendo bem nossos candidatos?

Portanto, antes de ir numa rede social chiar e desabafar, faça uma auto-análise da situação encontrada, do caso concreto, e veja o que você, como parte integrante da sociedade, pode fazer para mudar aquela situação.

Criamos o péssimo hábito de achar culpados. Para toda e qualquer situação, existe um culpado, seja A, B ou o Governo, tem um culpado para cada fato. Ainda há tempo. Podemos mudar esse mal hábito e, ao invés de achar um culpado, encontrar uma solução. Temos que lembrar que o bem que fizermos, fará bem para todos da sociedade também.

Em suma, vamos olhar e analisar os fatos sob outro prisma. Toda mudança, para acontecer de verdade, tem que começar por nós. Cada um mudando, a sociedade mudará como um todo.


Vamos chiar ?
Quem sou eu

Por: Rildson Gusmão.

Quando nos questionamos e fazemos a seguinte indagação: Quem sou eu? A resposta sempre é focada nas nossas qualidades, sejam elas relevantes ou não. Poucos citam seus defeitos. Porém, desta vez gostaria de fazer diferente e homenagear a minha região favorita: O nordeste do Brasil.
Portanto, quem sou eu?

Eu sou Rildson Gusmão, sou pernambucano, sou alagoano, e agora também paraibano, sou nordestino, eu sou Maceió, João Pessoa, eu sou Recife...
Eu sou branco, pardo, negro, eu sou índio, sou descendente, sou nascido aqui, sou brasileiro...

Eu sou folclore, sou cultura, sou raiz, sou maracatu, samba de preto velho, sou frevo, ciranda, eu sou coco de roda, pastoril, reisado, eu sou guerreiro...

Também sou literatura, sou Arriano Suassuna, eu sou José Lins do Rêgo, sou Graciliano Ramos, Gonçalves Dias, José de Alencar, eu sou Jorge amado...

Eu também sou português, sou Buarque de Gusmão, de Hollanda ou de Macedo, sou Aurélio, sou dicionário, eu sou o mais lido no país, também sou professor, sou Anísio Teixeira, eu sou Paulo Freire...

Eu sou esporte, sou futebol, sou atleta, sou Hulk, sou Bruno Lins, sou Popó, Caio Márcio, eu sou Mário Jorge Lôbo Zagallo...

Eu sou barriga cheia, barriga seca, sou acarajé, vatapá, sou baião de dois, sou carne seca, sou tapioca, macaxeira, eu sou tempero nordestino...

Eu também sou música, sou axé, forró, frevo, sou brega, eu sou Djavan, sou Lenine, Reginaldo Rossi, eu sou Alceu Valença, sou Chico Cézar ou Science...

Eu sou nordeste, sou interior, sou vida mansa, mas também sou o sol, o mar, sou litoral, o verde-loiro, também sou vermelho, sou queimado do sol, sou do sertão, sou vida...

Eu sou humilde, sou honesto, sou inquieto, também sou questionador, sou ônibus lotado, suor, trabalho duro, batalhador, estudante, eu sou do mundo...

Eu não sou apenas beleza, coisa boa, praia, turismo, eu sou chão rachado, sou fome, sou seca, eu sou o deserto brasileiro, sou esquecido, sou roubado, eu sou esperança a cada nascer de sol...

Eu sou fé, crença, sou religião, sou Frei Damião, sou “Padim Padi Ciço”, sou pau de arara, sou oxalá, exu, eu sou candomblé...

Eu sou acolhedor, receptor de turista, eu sou o nordeste...


Eu sou feliz.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

O roteiro da vida

Por: Rildson Gusmão.

No mar estava escrito uma cidade. Não sei por que, mas desde a primeira vez que fui ao Rio de Janeiro, nunca mais esqueci esta frase do nosso mineiro Carlos Drummond de Andrade, no calçadão de Copacabana.

Talvez depois disso, comecei a acreditar que todos nós estamos nessa vida, não apenas de passagem, mas com um roteiro definido e um caminho certo a percorrer. Mas, porque tentamos a todo custo mudar isso? Será a vontade impiedosa de fazer diferente, de chamar mais atenção? Até que ponto o diferente é certo ou errado?

Passamos por fases, momentos, estilos e modos de vida bem diferentes uns dos outros, mas certas verdades se aplicam a todos sem distinção de cor, credo ou raça e ainda mais, condição social.

Creio que o ser humano seja movido a desafios. Destarte, este seria um dos motivos de querer percorrer o caminho mais longo – estudos, trabalho – o mais árduo, pois como o que vem fácil vai fácil também, o caminho mais difícil se torna mais atraente, chamativo e desafiador, sendo no final a sensação de dever cumprido muito mais interessante.

O professor Píer é perfeito em sua palestra, mostra através de dados e estatísticas, que tudo o que ele fala é a mais pura verdade, mostra através de sua experiência de vida o melhor caminho a percorrer para se chegar ao tão sonhado sucesso.

E novamente vem a indagação. Porque a maioria prefere ser aluno a ser estudante? Por que prefere estudar coletivamente a ser autodidata?

Ao mesmo tempo, o desafio do novo faz colocarmos o pé no freio, travar mesmo, sem ao menos saber se o novo é bom ou ruim. O medo de se mostrar, de dar a cara para bater, faz com que a maioria prefira sempre ser platéia e não palco, prefira estar sempre ouvindo, do que lá na frente falando para todos, pensando. Portanto, mesmo sabendo da verdade, mesmo sabendo que tem que estudar e não apenas assistir aulas, que não basta ler, tem que escrever também, a maioria prefira sempre ser coadjuvante a ser protagonista.


E assim é a vida, com ou sem roteiro, com ou sem desafios, hora fazemos tudo o que os outros fazem, chegando obviamente ao mesmos resultados, hora fazemos diferente, para conseguir resultados mais animadores. Claro que muitos ficam pelo caminho, pelo medo do desafio, mas quem segue sempre em frente e nunca desiste, um dia será recompensado.


terça-feira, 27 de janeiro de 2015




Ler é Vital


Ao longo dos tempos, nossa história vem sendo escrita e contada de várias formas, dependendo da época. Os papiros e pergaminhos servem como prova dos fatos históricos que nos fazem entender a evolução da humanidade.

As perdas nesse caminho – como o incêndio a biblioteca de Alexandria, fizeram com que tomássemos mais cuidado com a forma de armazenar essas informações para serem contadas e recontadas ao longo das gerações. Temos até hoje, grandes bibliotecas no mundo inteiro que contém informações raras que não serão encontradas em nenhum outro lugar.

A relação de poder interfere diretamente com o saber da população, fato este que se perpetua por questão de interesse de quem está no comando. É conveniente para quem tem o poder nas mãos e, pretende continuar com ele, que a grande maioria da população permaneça fora desse mundo de conhecimento e sabedoria e continue seguindo a risca tudo aquilo que lhe é imposto.

Quem não lê, não tem o saber nas mãos e nem o conhecimento, não é de todo infeliz. 

Quem não lê, permanece naquele mundinho simples e sem sonhos, mas que por tal fato, está conformado com a forma que vive. Quem não lê, não tem ideia de mundo, de passado e de futuro, não tem noção do que aconteceu ou possa vir a acontecer. Portanto, vive feliz assim mesmo. Entretanto, esse é o maior mal que podemos fazer ao ser humano, não permitindo o acesso a leitura e consequentemente ao saber e ao conhecimento.

Sendo assim, quem lê se liberta, viaja, percorre caminhos que jamais imaginaram existir. A leitura é a forma mais básica para se chegar ao conhecimento. A leitura nos leva a pensar, nos tira do lugar e nos faz tomar decisões sobre problemas que antes não eram vistos por falta do saber. Ler é sonhar, é viver um mundo novo, um mundo que queremos e idealizamos através do conhecimento adquirido com a leitura.

As facilidades do mundo tecnológico que vivemos hoje, podem, se usadas de forma correta, serem somadas a nosso favor na busca do conhecimento. A leitura pode ser feita através de um computador, tablet ou até mesmo smartphone, que nos acompanha em qualquer lugar. Não temos mais desculpas para não ler. O acesso a leitura está mais fácil e em todo lugar.

Em suma, não há outro caminho senão através dos estudos, do saber, e este caminho só poderá ser percorrido através da leitura. Ler é vital.